O Grande Cemitério Chamado Mundo
“E outro dos discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro
sepultar meu pai.” Mateus 8:21
Quantas vezes
já ouvimos ou até mesmo nos dirigimos ao Senhor, pelo menos em nosso íntimo,
com palavras semelhantes as que este discípulo proferiu a Jesus? O Senhor Deus,
desde a queda de Adão, tem dado ao homem a oportunidade da salvação. Esta é
prioridade de Deus, que, apesar de Sua onipotência e soberania, poderia ter
destruído a humanidade. Sua palavra nos revela que o Seu desejo é que todos
venham a arrepender-se, sem distinção, sem burocracia, sem fila de espera ou
senha. Mas o homem natural, acostumado, ou melhor, preso por todas estas
coisas, quando é chamado por Deus responde com estes sofismas: “Eu sou muito
novo, tenho que aproveitar a vida". "Já estou muito velho, não tenho
mais nada para aproveitar". "É muito cedo, tenho coisas mais
importantes para fazer". “A minha família vai me abandonar”. "Não
tenho tempo para estas coisas ultrapassadas, afinal estamos no século vinte e
um”, além de outros argumentos. Mas Deus não se deixa enganar por ninguém!
Aliás, o homem só engana a si mesmo. Este que objeta com essas palavras vãs,
que vive uma vida lacônica, sem a verdadeira expectação da vida eterna; vive
uma morte condicional. Uma vida de ilusão, alimentada pela efemeridade deste
mundo insinuante e funesto, que jaz no maligno.
A Bíblia diz
que a sabedoria clama às ruas: “A sabedoria clama lá fora; pelas ruas levanta a
sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas
cidades profere as suas palavras: Até quando, ó simples, amareis a
simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos,
odiareis o conhecimento?” (Provérbios 1: 20-22). A sabedoria é o próprio Jesus,
que há milhares de anos está clamando! Destarte, Ele chama a todos nós e até
mesmo repreende aqueles que por um momento O desprezam ou O deixam em segundo
plano, como aquele discípulo que lhe pediu permissão para sepultar o pai.
Ele está nos
chamando! Estejamos onde estivermos, seja lá fora, longe do Aprisco ou da
segurança da Cidade Fortificada, longe da presença de Deus, ou pelas ruas,
atarefados com a nossa fatídica “vidinha” de rotinas, “nas entradas das portas
e nas cidades”. Não importando o que estamos fazendo, muito menos o que os
outros estão fazendo, a prioridade celestial é aquilo que Ele nos tem proposto:
Abandonarmos as redes e os barcos, esquecermos os peixes e lembrarmo-nos das
almas aprisionadas deste grande cemitério chamado Mundo.
Deus vos abençoe.
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